Autor: Feggy Ostrosky-Solís, Esther Gómez Pérez, Raquel Chayo-Dichy y Julio César Florez Lázaro.
Este programa de formação para estimular e reabilitar a atenção baseia-se num sólido conjunto de conceitos teóricos derivados da investigação científica de vanguarda.
Representa um texto dedicado à gestão e tratamento de pacientes com deficiências atencionais.
Contém uma revisão teórica de alguns conceitos relevantes, centrando-se numa classificação de desordem atencional utilizada tanto na investigação como na prática clínica.
Apresenta também exercícios variados e específicos para um tratamento adequado de cada nível atencional.
As actividades que podem ser realizadas fora do contexto terapêutico são propostas em guias práticos e fáceis de seguir, tanto para a família como para o paciente.
Além disso, dispõe de questionários e tabelas para ter índices objectivos e fiáveis da gestão e controlo do paciente.
Os cuidados são regulamentados por centros neurológicos que devem funcionar correctamente para não afectar o resultado final: cuidados eficazes.
No entanto, o atendimento não é apenas um processo biológico, mas também um comportamento psicológico voluntário, regulado por variáveis internas ao indivíduo, bem como por factores externos.
Como todo o comportamento, requer uma aprendizagem extensa e diversificada, como a aprendizagem de componentes cognitivos, que são métodos e estratégias de atenção para aceder e recuperar a memória.
A atenção é um processo necessário para realizar muitas actividades mentais, incluindo a memorização, compreensão da linguagem falada e escrita, e resolução de problemas intelectuais.
Um objecto que é atendido ficará na memória; um objecto ao qual não prestamos atenção não deixará vestígios.
A atenção é um pré-requisito para a memória. Se não ouvirmos com atenção, não compreenderemos.
Para nos lembrarmos de algo, precisamos primeiro de o registar, e não o podemos fazer sem lhe prestar atenção.
Por outras palavras, existe uma relação estreita entre a atenção e a memória.
Especialistas dizem que as deficiências de atenção são responsáveis por 50% dos problemas de memória.
Prestar atenção não se refere apenas à capacidade de se sentar e ouvir alguém a falar.
A atenção ou prestar atenção implica estar acordado, vigilante e ter a capacidade de perceber estímulos relevantes e descartar informação insignificante.